Misericórdia Reforça Aposta Agrícola

A Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF) movimenta atualmente cerca de uma centena de hectares de terras espalhadas por vários lugares e quintas localizadas às portas do Fundão.

São hectares de terra povoada de culturas arvenses, forragens, vinha, olival, horticultura – em estufa e ao ar livre-, fruticultura (pereiras, macieiras, cerejeiras e quiwis).

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Enquanto o tomate temporão se deu nas estufas o serôdio criou-se ao ar livre. A alface e a produção diversificada de couve dão maior dinâmica às explorações agrícolas da SCMF.

Mas este também pode ser um tempo em que os homens da lavoura ainda cortam ou amanham as forragens que serão sustento alimentar para animais no próximo Inverno. O calendário e a cadência de intervenções estão definidos, há plantações a acontecer a cada duas semanas.

No conjunto das várias apostas merece destaque a produção de quiwis. Iniciada em 2015 já dá mostras de boa qualidade mas a colheita de grandes quantidades só ocorrerá em 2018, explicou-nos Rui Pombo, coordenador agrícola na Misericórdia fundanense. O pomar de quiwis tem uma área de meio hectare e localiza-se na Nave de Cima (Aldeia de Joanes).

Não muito longe dali é fácil encontrar extensos pomares de macieiras e pereiras. O meloal e os pepinos rastejantes ou os morangos. Deixamos a linha de água, aproximamo-nos da quinta da Panasqueira e o olhar prende-se na verdejante vinha ou nas estufas povoadas de tomateiros e couve coração de boi.

É também nos socalcos da Panasqueira que se encontram os dois hectares e meio de vinha nova cujas castas originarão vinhos branco e tinto. Começou a ser plantada há um ano e “em 2018 dará as primeiras uvas”, garante Rui Pombo.

A nova vinha, orgulha os profissionais de agricultura na SCMF, está equipada com sistema de rega gota a gota e a “aramada alinhada ajudará a orientar a formação e inclinação da vinha”, esclarece o engenheiro agrícola que ainda nos explica que entre “a poda de formação e a frutificação há um intervalo de dois anos”. O tempo necessário para a primeira colheita.

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A aposta da Misericórdia do Fundão na área agrícola acompanha o crescimento e afirmação desta organização social. Uma estratégia que continua a dar bons resultados e que a breve trecho permitirá a plantação, na Pouca Farinha (Valverde), de “aproximadamente dez hectares de olival intensivo” numa das propriedades da SCMF.

Realidade de um trabalho árduo que requer esforço e a obrigação de bem cuidar seja debaixo de chuva ou ao sol. Mas se houver reconhecimento, tudo parece menos difícil.  Merece por isso destaque de rodapé o reconhecimento e prémio atribuídos ao vinho quinta da Arrabôa (2014) que ainda há duas semanas foi medalhado com o grau ouro no X Concurso de Vinhos da Beira Interior.

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